Antes do novo contrato, quem utilizava o cartão Guaracard pagava R$ 2,50 pela passagem, com a prefeitura “inteirando” mais R$ 3,50. Desta forma, cada passagem custava R$ 6,00. Com o novo contrato de 2024, o valor passou para R$ 8,50.

O aumento ocorre somente para a população?

Não! O aumento no custo para a prefeitura também foi significativo, passando de R$ 800.000,00 para aproximadamente R$ 1.800.000,00 por mês. Com o Orçamento anual de R$ 600.000,00 e um rombo de mais de R$ 15.000.000,00 nos cofres públicos de Guarapuava, a gestão se vê obrigada a repassar parte dos custos desta irresponsabilidade contratual.

“A gestão passada foi negligente e não deixou orçamento suficiente para custear o transporte público. O objetivo é usar os recursos de 2025 até o meio do ano, quando será possível reavaliar a situação, diminuindo os efeitos deste contrato, buscando não prejudicar o transporte, respeitando a população e a Lei”, explica o Secretário de Finanças, Luciano Crotti.

Com isso, a administração precisa encontrar uma forma de equilibrar os gastos sem prejudicar os usuários do transporte público. “Entendemos que a situação da tarifa de transporte coletivo é preocupante para a população de Guarapuava, mas é importante esclarecer que o aumento nos preços não é resultado da atual gestão. A decisão que nos trouxe a esse cenário foi tomada pela administração anterior, com um contrato que, infelizmente, foi assinado sem levar em consideração os impactos financeiros para o povo e sua prefeitura”, esclarece o prefeito Denilson Baitala.

Segundo o secretário de Finanças, a meta é, em breve, tentar reduzir a tarifa, mas será necessário um esforço para equilibrar as finanças o quanto antes, para então reavaliar a situação.

O acordo, feito em dezembro de 2024, contrariou pareceres jurídicos e financeiros da Procuradoria do Município, do departamento de licitações e da comissão que fiscalizava o contrato, foi assinado pela gestão passada e está em vigor.

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O prefeito também destacou os esforços para ajustar a situação financeira e garantir que o custo para a população não suba mais que o necessário. “Desde que assumimos, estamos trabalhando para minimizar qualquer impacto para a população. A nossa prioridade é garantir um transporte acessível e de qualidade para todos. Estamos buscando soluções que permitam equilibrar as contas públicas e, ao mesmo tempo, evitar um aumento mais expressivo na tarifa”, declarou Baitala.

Todo o orçamento e as informações sobre o contrato estão disponíveis para a população. “Queremos garantir que todos saibam que estamos tomando as medidas necessárias para resolver o problema da forma mais justa possível, sempre com total transparência”, declarou Crotti.

Assim, a administração enfatiza que está fazendo todo o possível para equilibrar os custos e não prejudicar os usuários do transporte público.