A cultura da cevada voltou a ganhar espaço no Paraná, com destaque para a região de Guarapuava, que retoma com força o plantio do cereal de inverno. De acordo com o Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a previsão é que o Estado tenha a maior área semeada da história, com 94,6 mil hectares plantados e uma produção estimada de 413,8 mil toneladas — 40% a mais do que em 2024.
Responsável por um dos maiores avanços, Guarapuava deve cultivar 36,9 mil hectares, um crescimento de 25% em relação ao ano passado, quando foram plantados 29,6 mil hectares. O aumento é impulsionado pela boa rentabilidade registrada na última safra e pelas melhores cotações no mercado, além da alta demanda das maltarias instaladas no Estado.
“O ganho acontece especialmente na região de Guarapuava em função do ânimo com os resultados satisfatórios a campo experimentados no Centro-Sul paranaense em 2024”, explicou o agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral.
Mesmo com o crescimento em Guarapuava, os Campos Gerais ainda lideram em área plantada, com previsão de 38 mil hectares. A produção crescente visa atender a demanda das indústrias de malte, que só no primeiro trimestre deste ano compraram cerca de 200 mil toneladas de cevada — consolidando o Paraná como maior produtor nacional de malte.
Outras culturas impactadas pelo clima
O boletim também alerta para os impactos climáticos sobre outras lavouras, como soja e milho. A primeira safra de soja sofreu uma perda média de 5,3%, com prejuízos mais acentuados no Noroeste do Estado devido à estiagem e ao calor intenso. Já o milho apresenta bom desempenho nas regiões Sul e Sudoeste, embora outras áreas também sintam os efeitos do clima adverso.
Pecuária em destaque
Na pecuária, o Paraná manteve a liderança nacional na produção de carne suína sob inspeção estadual, com 155,9 mil toneladas — o equivalente a 20% da produção nacional nesse regime. O Estado também se destaca na produção de carne de frango, responsável por 559 mil toneladas exportadas no primeiro trimestre de 2025, com receita de US$ 1,04 bilhão.
Além disso, o Brasil exportou 1,3 milhão de toneladas de frango no período, sendo o Paraná o principal contribuinte com crescimento de 12,3% em volume e 12,7% em receita em relação ao mesmo período de 2024.
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