A dengue, popularmente conhecida como "febre quebradeira", continua sendo uma das maiores preocupações para a saúde pública no Brasil e em outros países tropicais. Apesar dos avanços científicos, a doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, registrou números alarmantes em 2024: mais de 6,4 milhões de casos prováveis e quase 6 mil mortes confirmadas, segundo o Ministério da Saúde.
Desafios que alimentam a proliferação
A disseminação da dengue está intrinsecamente ligada a questões estruturais e sociais. Entre os fatores que impulsionam os surtos, destacam-se:
- Falta de saneamento básico: Ambientes com lixo acumulado e água parada são o habitat perfeito para o mosquito.
- Baixa conscientização: Parte da população ainda ignora medidas simples de prevenção, como evitar recipientes que acumulem água.
- Mudanças climáticas: O aquecimento global favorece a expansão do mosquito para regiões onde antes ele não era comum.
Impactos além da saúde
A dengue não afeta apenas a saúde, mas também impõe um pesado custo à sociedade:
- Óbitos evitáveis: Crianças, idosos e pessoas com comorbidades estão entre os mais vulneráveis.
- Sobrecarga no sistema de saúde: O tratamento da dengue consome recursos que poderiam ser destinados a outras demandas.
- Perdas econômicas: Ausências no trabalho e nas escolas prejudicam famílias e o país como um todo.
O que pode ser feito?
O enfrentamento da dengue exige ações coordenadas entre governo, sociedade e setor privado. Medidas prioritárias incluem:
- Educação em saúde: Campanhas constantes para sensibilizar a população sobre a gravidade da doença.
- Controle vetorial: Eliminação dos criadouros do mosquito e uso de inseticidas em áreas de risco.
- Investimento em tecnologia: Desenvolvimento de vacinas mais eficazes e estratégias inovadoras de combate ao vetor.
- Infraestrutura: Melhorias no saneamento básico e na coleta de lixo são fundamentais para atacar a raiz do problema.
Dados que reforçam a urgência
Além do número absoluto de casos, o coeficiente de incidência, que em 2024 chegou a 3.193,5 casos por 100 mil habitantes, expõe a magnitude da epidemia. Mulheres, pessoas brancas e jovens de 20 a 29 anos concentram a maior parte dos registros.
União pela solução
Enfrentar a dengue é um desafio complexo, mas possível. O combate requer a participação ativa de todos: governos, ONGs, empresas e cidadãos. Somente através de esforços coletivos poderemos reduzir a incidência da doença e preservar vidas.
A dengue não é apenas um problema de saúde; é um reflexo de questões estruturais que demandam atenção e ação urgente.
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