A salmonella é uma bactéria responsável por causar a salmonelose, uma doença gastrointestinal que pode se manifestar por sintomas como febre, diarreia, náusea, vômitos e dores abdominais intensas. A infecção ocorre, na maioria das vezes, pelo consumo de alimentos contaminados, como ovos crus ou mal cozidos, carnes, leite e derivados, além de produtos manipulados de forma inadequada. Em casos mais graves, principalmente entre crianças, idosos e pessoas com imunidade comprometida, a doença pode evoluir para complicações sérias, exigindo atendimento médico imediato.

Segundo especialistas em saúde pública, a prevenção da salmonelose depende de boas práticas de higiene na manipulação e armazenamento de alimentos. Lavar as mãos antes de cozinhar, cozinhar os alimentos por tempo adequado, evitar o consumo de produtos crus ou mal conservados e manter a refrigeração correta são medidas essenciais para reduzir o risco de contaminação. Além disso, é importante higienizar utensílios de cozinha e superfícies de preparo, evitando a contaminação cruzada entre alimentos crus e cozidos.

No Brasil, a Salmonella é um dos patógenos mais frequentemente associados a surtos de doenças transmitidas por alimentos (DTAs), representando 14,4% dos casos registrados .

 Sintomas e diagnóstico

Os sintomas da infecção por Salmonella geralmente aparecem entre 6 a 72 horas após a ingestão do alimento contaminado e podem incluir:

• Diarreia intensa
  
  
• Náuseas e vômitos
  
  
• Febre de moderada a alta
  
  
• Fortes dores abdominais
  
  
• Calafrios
  
  
• Mal-estar
  
  
• Perda de apetite
  
  

O diagnóstico é confirmado por meio de exames laboratoriais de fezes, que identificam a presença da bactéria. Em casos graves, exames de sangue também podem ser necessários .

 Tratamento

Na maioria dos casos, a infecção por Salmonella não requer internação e é tratada com repouso, hidratação adequada e medicamentos para aliviar os sintomas. Antibióticos são indicados apenas em casos graves ou para grupos de risco, como crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas .

 Prevenção

A prevenção da salmonelose envolve práticas adequadas de higiene e manipulação de alimentos:

• Lavar bem as mãos antes de preparar ou consumir alimentos
  
  
• Cozinhar completamente carnes, ovos e outros produtos de origem animal
  
  
• Evitar o consumo de alimentos crus ou mal cozidos
  
  
• Manter utensílios e superfícies de cozinha limpos
  
  
• Armazenar alimentos perecíveis em temperaturas adequadas
  
  
• Consumir apenas leite pasteurizado e ovos bem cozidos
  
  

Dados epidemiológicos

De acordo com um estudo nacional sobre doenças transmitidas por alimentos no Brasil, entre 2000 e 2018, foram registrados 7.630 surtos, com 134.046 casos notificados, 19.394 hospitalizações e 127 óbitos. A maioria dos surtos ocorreu em residências (12,5%) .

 Conscientização e responsabilidade coletiva

A salmonelose destaca a importância de práticas alimentares seguras e da conscientização pública. Embora a doença seja frequentemente considerada leve, ela pode ter consequências graves, especialmente para populações vulneráveis. A responsabilidade na escolha e preparo dos alimentos é fundamental para a proteção da saúde coletiva.