Hélio de Mello, que ocupava o cargo de Presidente da Câmara Municipal de Irati (PR) antes de renunciar ao mandato, se entregou à Polícia Civil em Guarapuava. A entrega ocorreu na 14ª Subdivisão Policial (SDP) e se deu após a Justiça decretar a prisão preventiva contra ele.
Mello estava foragido e compareceu à delegacia acompanhado de seus advogados, que apresentaram o ex-parlamentar para o cumprimento do mandado judicial. Após os procedimentos de registro, ele foi recolhido à custódia, onde permanece à disposição da Justiça.
Acusações de Estupro de Vulnerável
O caso ganhou enorme repercussão no Paraná devido à posição de Hélio de Mello. As investigações, conduzidas pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), resultaram em uma denúncia por crimes de estupro de vulneráveis.
Mello é acusado de cometer seis tipos diferentes de crimes sexuais contra pelo menos 12 crianças e adolescentes. As vítimas seriam estudantes que tiveram aulas com ele no município de Irati, também localizado na região central do estado.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público aponta 28 ocorrências relacionadas aos crimes investigados. O processo segue em andamento na Justiça.
Até o momento, a defesa do ex-vereador não se manifestou publicamente sobre o caso.
De acordo com o MP-PR e veículos de imprensa, os crimes teriam sido cometidos enquanto Mello atuava como professor na cidade de Irati. A gravidade das acusações motivou a expedição da ordem de prisão preventiva, uma medida que visa garantir a ordem pública e a integridade da instrução criminal.
Renúncia ao Mandato
Diante da gravidade das denúncias, Hélio de Mello, que era filiado ao PL, renunciou ao seu mandato de vereador e vice-presidente da Câmara de Irati. Sua renúncia foi oficializada para a Casa de Leis, que na época já analisava os procedimentos institucionais cabíveis em relação às denúncias.
Detalhes da Denúncia e o Envolvimento da Irmã
A gravidade do caso se estende além de Hélio de Mello. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) também denunciou uma das irmãs do ex-vice-presidente da Câmara, que exercia a função de diretora na escola onde os abusos sexuais teriam ocorrido.
Embora o nome da servidora pública não tenha sido divulgado oficialmente, ela responde por uma série de crimes graves ligados à sua função na instituição de ensino. De acordo com o MP-PR, as acusações contra a diretora incluem prevaricação, omissão diante de casos de assédio sexual e favorecimento à exploração sexual de adolescentes. Tais acusações indicam que a diretora teria falhado em seu dever de proteger as vítimas e agir diante das denúncias.
O inquérito, que levou à denúncia de ambos, corre em segredo de Justiça, dada a natureza dos crimes e o envolvimento de vulneráveis. O processo segue em andamento na Justiça, e, até o momento, a defesa dos envolvidos não se manifestou publicamente sobre as acusações e a prisão preventiva.
Comentários: