Uma mulher de 28 anos rompeu o silêncio e revelou anos de violência doméstica e cárcere privado durante atendimento da Polícia Militar na manhã de segunda-feira (21), no bairro Morro Alto, em Guarapuava. A denúncia inicial recebida pelo Copom apontava que a vítima estaria sendo mantida em cárcere pelo companheiro e sofrendo agressões frequentes — inclusive com um corte visível na orelha, confirmado pelos policiais ao chegarem à residência.
No local, também estavam a sogra e a cunhada da vítima, o que dificultou o relato imediato da mulher. Contudo, ao ser levada com seus três filhos — um bebê de seis meses, uma menina de nove e um menino de doze anos — até a sede do 16° Batalhão da Polícia Militar, a vítima relatou em particular que vivia há cinco anos sob domínio do agressor, de 28 anos, e vinha sendo submetida a constantes agressões físicas e psicológicas.
Segundo ela, chegou a tentar pedir ajuda por e-mail após assistir a uma reportagem na televisão, e recebeu visitas de assistentes sociais, mas, por medo de perder a guarda dos filhos, negava os abusos. A vítima também apresentava marcas de agressões antigas no rosto.
Após o relato, a mulher recebeu orientações sobre os canais de apoio, como a rede de proteção da Polícia Militar, da assistência social e do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM). Assistentes sociais foram acionadas e a acolheram até que familiares de Irati, sua cidade natal, pudessem buscá-la. O agressor não estava na casa no momento, pois estava trabalhando e retornaria apenas à noite.
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